Este é um blog de opinião. As postagens escritas ou selecionadas refletem exclusivamente a minha opinião, não sofrendo influência ou pressão de pessoas ou empresas onde trabalho ou venha a trabalhar.

domingo, 31 de agosto de 2014

Também não embarcarei na canoa de Marina

Leio na Coluna do Braña de hoje (31/08), a melhor avaliação sobre o furacão Marina que promete varrer o Brasil.

Opinião de acreano que vota em Marina só porque é acreana não vale. Por isso a postagem do Braña é oportuna. 

Penso igual.

Eu não voto em Marina pelas mesmas razões que não votei em Collor de Melo. 

Porque já passei do tempo de me iludir com qualquer coisa. Minhas escolhas políticas não envolvem predestinados, ungidos ou surfistas.

Marina se diz predestinada, e isso, essa tal predestinação, envolve a queda de aviões e a morte de inocentes? 

Tal lógica me assusta: Que Deus é esse, que loucura é essa onde a salvação do Brasil passa pela morte de um candidato que nem era o pior?

Deus nos livre e guarde. Não de Marina, pois a conhecemos, mas dos que, pela lógica macabra da predestinação... sei lá.  

Mas agosto se vai...

Agosto se vai e não deixará saudades. 

Agosto é o mês das grandes tragédias no Brasil, já vai tarde.

Outubro também será? Tomara que não.

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Era uma roupa nova, feita a partir de uma calça velha...

Foi agora há pouco.

Gritos pavorosos pras bandas da Mâncio Lima. 

O que era? Não sei ao certo, mas acredito que fosse o fim do mundo, ou, o que me pareceu mais provável, a continuação do mundo do jeito que sempre foi. 

Depois, apurei melhor "as oiças" e descobri que era coisa de política.

A mesma política porca, que enfim deu as caras por aqui.

Eleição no Juruá se ganha é no grito, na esculhambação, na demonstração de força, de macheza.

Meu Deus, isso não vai mudar nunca? Até quando? 

Disputa política, de eleição, deveria ser discutida com a tranquilidade de quem decide o futuro, não aos berros, espumando ódio pelos cantos da boca feito um cão raivoso.

Não sei quem era, não sei o por quê.

Certas vergonhas devem mesmo ser eternas? E se mudássemos, perderíamos muito? 

Anoitecia... e como a História de Cruzeiro do Sul é cíclica, viciosa e imutável, lembrei da minha Porto Walter, de quando eu fui menino, que também é assim...

A lembrança é da emoção de vestir uma calça comprida pela primeira vez.

Era uma roupa nova, feita a partir de uma roupa velha do meu pai.

É tudo novo, e é tudo igual.   

domingo, 17 de agosto de 2014

A continuar assim...

Como sempre, como há 25 anos, estive na procissão.

Fui com a família, como sempre, mesmo quando os meninos eram de colo e os carregava às costas como os pais fazem aos filhos menores.

Procissão, como está agora dá medo. Impossível relaxar com velas acesas por todos os lados e na Mâncio Lima, em frente à Câmara de vereadores, o cheiro de cabelos de uma mocinha queimando, só veio me dar razão. 

Lindo e perigoso, mas tranquilo, pelo menos para quem, já com um quarto de século de experiência em caminhadas de novenário, escolhe o sapato adequado. 

O sapato errado de muitas senhoras, a exemplo das velas, também assusta. Já pensou, um salto daqueles em cima do pé de um infeliz...

Como sempre, uma multidão, e este ano um sistema de som horroroso. 

A realização de uma caminhada atrás de uma imagem esculpida é um tema polêmico. Os de outras crenças acusam, católicos se defendem. Fé é um esporte polêmico onde o empate deve prevalecer e quem quiser vencer na disputa já está perdendo. Fiquemos por aqui, na fé.

A procissão de encerramento do Novenário de Nossa Senhora da Glória, não sei por que, para atender a qual interesse, tem se tornado oportunidade para o exercício de mentiras.

Uma grande vergonha. Uma mentira que a gente tem aceitado sem contestar.

Alguém acredita que este ano de 2014, mesmo com a praça na frente da Catedral isolada por tapumes de uma obra atrasada da prefeitura, havia mais de 50 mil pessoas na procissão?

Olha o disparate: Dez mil pessoas a mais num espaço 50% menor? 
Em 2010 eram 15 mil, em 2012, 30 mil, em 2013, 40 mil e agora, com menos espaço e no mesmo tempo, e na mesma velocidade, mais de 50 mil?

Ali, naquele espaço, reduzido como está, não comporta 50 mil pessoas. 

Tenho acompanhado os números que os jornais sem vergonha ano após ano vão superdimensionando.

Se continuar assim, daqui a dez anos, teremos caminhadas de mais ou menos umas 150 mil pessoas... 

Um certo repórter (que já foi correspondente da CNN, NBC, NHK, Al Jazeera...), que é especialista em bajulação, lascou que: "Mais de 50 mil fiéis, aproximadamente, segundo cálculos da polícia militar, estiveram na procissão".

Esse bordão eu conheço, e tenho nojo, e desconfio sempre. Esse policial que faz a contagem não tem nome? 
Ele não existe, e existe em todos os textos jornalísticos de bajulação em qualquer lugar do mundo. Te manca, rapaz! E ainda se mete a criar cultura que não existe na procissão. 

Em mais de 25 anos de Novenário, acompanhando procissão, nunca ouvi falar nessa potoca de que dependendo da quantidade de pecado de um político, a vela queima mais ou menos rápido. 
Isso é mentira,  e eu não posso aceitar, mas, se ninguém reclama, vira verdade.

sábado, 16 de agosto de 2014

Quando é tempo de açaí maduro o passado sempre aparece.

Quando eu era menino e a baladeira afiada, chamávamos de "pipirão". Hoje a ciência deve ter colocado algum apelido. Algumas imagens dele no açaizeiro.



quinta-feira, 14 de agosto de 2014

A abjeta pesquisa Datafolha sobre o espólio de Eduardo Campos. A Folha é um lixo moral


O acidente que vitimou Eduardo Campos ocorreu por volta de dez horas. Sua morte foi, infelizmente, confirmada por volta do meio-dia.

Pouco depois, a alta direção do Datafolha, numa atitude abjeta e desprovida de qualquer valor moral e humano preparava, com esmero, as perguntas para registrar uma pesquisa, às pressas, para ver com quem ficaria o espólio eleitoral do morto, para ser colocada nas ruas amanhã.

Li sobre a pesquisa no blog da Maria Frô e fui conferir. O documento está lá, registrado no TSE, com suas perguntas cheias de morbidez.

Total abjeção moral e uma estupidez científica, porque é óbvio que, no dia seguinte a uma tragédia que repercutiu todo o dia nos meios de comunicação, praticamente sem intervalos, nenhum resultado retrataria o cenário real, que os dias se encarregarão de trazer à normalidade, serenadas as compreensíveis e humanas comoções.

Humanas, claro, para quem é capaz de as ter, o que não parece ser o caso do board do Datafolha e da própria Folha, contratante da pesquisa por R$ 226 mil.

O objetivo deste gesto imundo, desqualificado do ponto de vista ético e do ponto de vista estatístico, é um só: tirar “cascas” da tragédia humana para mudar um processo eleitoral que as próprias pesquisas indicam como estável e relativamente sólido.

Paro, como prometi antes, por aqui com as considerações políticas.

Apenas externo minha perplexidade com esse desrespeito aos sentimentos da família, dos amigos e da sociedade brasileira, que se comoveu com a morte acidental de um homem em plena campanha presidencial.

Não esperaram sequer ser recuperado e sepultado o corpo do candidato morto.

A atitude do Datafolha, como a dos colunistas que imploram por uma candidatura Marina montada sobre a desgraça, é uma desonra para qualquer pessoa.

Não que Marina não possa ser candidata. Mas porque em tudo na vida há ritos e processos dignos para algo acontecer.

Ou não, como nos mostra a pesquisa-abutre do Datafolha.


É gente com este caráter que não admite contestação às “verdades” que diz.

Fernando Brito
No Blog Tijolaço

domingo, 10 de agosto de 2014

Só mais uma barrigada.

Ridículo. Foi algo até chato de tão ridículo. 
O terrível site ac24horas deu uma vacilada daquelas. Só mais uma. Se perderam de vez.
Anunciaram na primeira página do site que é especilaista em caluniar e desinformar que hoje, 10/08/2014 
"Milhares de pessoas estiveram na procissão de Nossa Senhora da glória em Cruzeiro do Sul". 
Hoje, por aqui, procissão? 
Vamos combinar com o Bispo para este ano realizarmos um quinquenário, né?
Tenho a foto do site, se eles arrumarem eu posto.