Este é um blog de opinião. As postagens escritas ou selecionadas refletem exclusivamente a minha opinião, não sofrendo influência ou pressão de pessoas ou empresas onde trabalho ou venha a trabalhar.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Um "príncipe" não deve manter a sua palavra se esta lhe é prejudicial...


Diante da reportagem acima, da TV Juruá, sob o título “Fiscais da prefeitura expulsam camelôs do centro da cidade” em outros tempos eu diria “quem for tatu que cave, quem for macaco que trepe”, mas quero me solidarizar com os camelôs do centro da cidade.
Não que morra de amores por camelôs, que tenha esquema para defendê-los, que ganhe algum desconto em alguma bugiganga que só eles vendem. Nem sei ao certo, mas suponho que por alguma razão de humanidade e compaixão que me tocou ao ver o desespero de uma senhora que se vê diante de algo maior que sua valentia de mãe e mulher – a retirada do seu ponto.
Diante do perigo ela evoca pela sua fé, não a fé em Deus como se poderia supor, mas a fé num líder ainda mais poderoso se tratando de negócios que envolvem camelotagem e fiscais da prefeitura – o prefeito.
Só o grande líder poderá salvá-la, portanto ela o cutuca, dando-lhe a oportunidade de ser (pelo menos) igual ao Aluízio e a Zila Bezerra, que até incomodaram, mas nunca a perseguiram como “agora”.
Aprendi que melhor que julgar, ou antes disso, melhor mesmo é tentar se colocar no lugar do outro e avaliar o que ele está passando. A reportagem já nos coloca no lugar dos camelôs, mas gostaria de pelo menos neste caso, me colocar no gabinete do prefeito. Para uma pessoa tão humilde, que entende como ninguém o sofrimento dos miseráveis, deve ser uma peça terrível de julgar. Como também sou humilde, nascido numa vila humilde do alto Juruá, como também já fui analfabeto (até os seis anos de idade) e conheço como ninguém o sofrimento dos miseráveis, vou arriscar.
Em primeiro lugar, procuraria saber exatamente onde é que os eleitores, digo, os camelôs, estavam acampados, tipo assim, qual é a calçada de qual supermercado ou comércio eles estão ocupando.
Depois, buscaria informações sobre qual candidatura o comerciante incomodado apoiou na última eleição.
Se ele consta entre os doadores da campanha, se é fornecedor, se vende fiado, se estamos devendo a ele e se ele reclama muito.
Quantos são os camelôs (para calcular o tamanho da manifestação e do piquete).
Quanto (em anos) falta para a próxima eleição, (para calcular se até lá, há tempo suficiente para o assunto morrer e ninguém mais lembrar do caso).
Pediria a cabeça do “desaforado” que levou ou deixou levar ao ar aquela cena ridícula de uma mulher chorando diante da câmera para comover a população.
Pesaria todas as medidas, cuidadosamente, levando em conta principalmente, o impacto nas urnas, o prejuízo causado por uma medida tão impopular e desgastante que é o confronto com camelôs.
Talvez até falasse (antes de me assegurar que não tinha nenhuma câmera ligada): Bando de ‘felas’ da puta...!  quem sabe, Se não saírem vou mandar descer a porrada...! ou ainda, Se reclamarem digam que podem meter o voto deles no...!
Talvez, dependendo do caso, procurasse algum livro interessante na minha estante para me aconselhar. Pensando bem, para não errar, melhor pagar logo o meu favorito - O Príncipe, de Maquiavel. Veja se Maquiavel não combina comigo:

“Cada um entende que é muito louvável para um Príncipe manter sua fé e viver integramente, não com ardis e enganos. Contudo, vê-se por experiência que muitos Príncipes se tornaram grandes porque não levaram em grande conta sua fé, e souberam, por ardil, enganar o espírito dos homens e, por fim, sobrepujaram os que se fundaram na lealdade[...]
Não é pois necessário a um Príncipe ter todas as qualidades supracitadas, mas é preciso que pareça tê-las. E até ousaria dizer, que se as têm e as observa sempre, elas lhe trazem danos, mas fazendo de conta que as têm, então são proveitosas, como parecer ser piedoso, fiel, humano, íntegro, religioso e sê-lo, mas detendo então seu espírito de modo que, se for preciso não sê-lo, possa e saiba usar o contrário.
Um príncipe é freqüentemente obrigado, para manter seus Estados, a agir contra a sua palavra, contra a caridade, contra a humanidade, contra a religião. É por isso que é preciso que ele tenha o entendimento pronto para mudar, segundo os ventos da fortuna e as variações das coisas lhe pedem e, como já disse, não se afastar do bem se puder, mas saber entrar no mal, se há necessidade.
O Príncipe deve, pois, cuidadosamente tomar cuidado de que nunca lhe saia da boca propósito que não esteja pleno das cinco qualidades que citei acima e parecer, a quem o ouve e vê, misericordioso, fiel, íntegro, religioso. E não há coisa mais necessária que a de parecer possuir essa última qualidade.
Os homens em geral julgam antes pelos olhos, porque cada um vê o que aparece, mas bem poucos têm o sentimento do que você é  e estes poucos não ousam contradizer a opinião do grande número, que tem do seu lado a majestade  do Estado que os sustenta, e como o pequeno número não conta, quando o grande número tem em que se apoiar .
Que um Príncipe se proponha, pois, como seu objetivo, vencer e manter o Estado: os meios serão sempre considerados honrosos e louváveis por cada um. Um Príncipe de nosso tempo, que não é bom nomear, não canta outra coisa senão paz e fé; e é grande inimigo de uma e de outra, e se de uma e da outra tivesse observado bem, não teria tirado daí seu prestígio e o prestígio de seu Estado”.

Rapaz, que texto atual, que autor verdadeiro... Por isso Maquiavel é o  guia espiritual e político (visto que eles confundem) de quase todos os nossos líderes. 
Mas, voltando à reportagem, é uma pena ver justamente os que cultivam maior fé, diria até, fanatismo em relação ao futuro e aos mil anos de paz e prosperidade, se decepcionarem em tão pouco tempo. 
Ah, e sobre ter que decidir sobre o futuro dos camelôs, Deus me livre de ter que decidir uma coisa dessas. Melhor ser, ou tentar ser eu mesmo e pensar e agir livremente. Melhor deixar cada um decidir com o peso das suas responsabilidades ou dos seus compromissos.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Por tudo no mundo, não venham...


Foi só o governador do Estado e o prefeito da capital anunciarem que este ano não patrocinariam o carnaval em Rio Branco (veja AQUI) que alguns engraçadinhos daqui já aproveitaram para exercitar a demagogia (veja AQUI).

A ideia é a seguinte: Convidar a população de Rio Branco e de todas as cidades acreanas para aproveitarem o "melhor carnaval do Estado do Acre" e faturar os "milhões" que o folião turista deixa por onde passa.

Como bom cruzeirense que sou devo advertir aos turistas que Cruzeiro do Sul não é tudo o que pintam os que a sujam com palhaçadas de todos os tipos.

Que fora a Catedral o Igarapé Preto a Ponte da União e algumas ladeiras, aqui não existe nada que valha a pena um turista ver.

Que mesmo esses pontos turísticos merecem ressalvas. Como exemplo o Igarapé Preto, se você não gosta de encher a cara o local não oferece grandes vantagens.

Que a possibilidade de um taxista te extorquir (alegando que nosso combustível é o mais caro do Brasil) é imensa.

Que a possibilidade de um cachorro das centenas que povoam as ruas te morder é enorme.

Se vier em veículo próprio, terá enorme dificuldade em encontrar um local para estacionar.

Se vier de ônibus talvez necessite de uma carona no meio da estrada para completar o percurso...

Vai encontrar preços aviltantes...

“Zumbis” trambecando pelas ruas, implorando (ou tomando) um trocado para comprar uma “parada”.

A cerveja que alimenta tragédias é comprada no Macro, os souvenires, as bijuoterias e as mesmices do camelódromo são made in Bolívia... 
  
Então, fiquem por aí mesmo, aproveitem o feriado, vão à Vila Evo Morales ou à Cobija, façam o favor.

Acreditem em quem mora aqui, que odeia a patifaria e a alucinação do carnaval.

Que não suporta a agitação das cidades neste período, muito menos o mau cheiro causado pela urina dos pierrot’s e columbinas, que em Cruzeiro do Sul no carnaval, escorre pelas ladeiras da Boulevard Thaumaturgo, Verdes Florestas, ou em qualquer lugar que tenha uma parede ou um carro estacionado. 

sábado, 19 de janeiro de 2013

FOTO-MEMÓRIA. Onde hoje é o Gamelão...

Uma vaca pasta tranquilamente às margens do lago que se formava na Praça de Táxi. 
Observe que três prédios ainda conservam as mesmas linhas arquitetônicas da época - Mercado Municipal, Pinheiro Baby e a nova Biblioteca Pública.    

Passou a diligência...


Passou a diligência pela estrada, e foi-se;
E a estrada não ficou mais bela, nem sequer mais feia.
Assim é a ação humana pelo mundo fora.
Nada tiramos e nada pomos; passamos e esquecemos;
E o sol é sempre pontual todos os dias.

Fernando Pessoa por Alberto Caeiro

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Não interessa a ninguém, mas a Academia Brasileira de Letras é... (conheça seus atuais membros)

É uma entidade pra lá de suspeita. Qual é o grande livro de imortais como José Sarney, Marco Maciel, Eduardo Portella, Celso Lafer e Roberto Marinho?

Como é que esqueceram de imortalizar Mário Quintana, Leandro Tocantins e Márcio Souza? 

Tão sério que alguns escritores simplesmente recusaram a "imortalidade". Carlos Drummond de Andrade e Érico Veríssimo.

Tão "sem-noção" que em 2011 Patrícia Amorim, Vanderlei Luxemburgo e Ronaldinho Gaúcho, representando o Flamengo, foram agraciados com a Medalha Joaquim Nabuco, a maior honraria concedida pela academia. Na ocasião os três foram tratados por "doutores" e ao ser perguntado sobre qual seu livro favorito, o dentuço gaúcho disse não ter nenhum, que não lembrava nenhum.  Calcule...  

Clique na imagem abaixo ou no link e conheça os nossos acadêmicos.

domingo, 13 de janeiro de 2013

E ainda temos inveja do crescimento chinês...


Uma catástrofe que nos ensina muitas lições. 
Um alerta a nossa ambição capitalista que inveja e deseja a qualquer custo os números do crescimento chinês. 
Os números da economia chinesa crescem numa velocidade que assusta especialistas e apavora os leigos.
E o resto do mundo inveja a China como se o modelo chinês fosse o correto. Crescimento a qualquer custo, sem preocupações com direitos humanos, sem compromissos ambientais, compromisso de mundo. 
Se o mundo boicotasse os produtos chineses as fábricas produziriam menos e a poluição e o impacto ambiental seriam menores... Seria uma solução. 
Até o momento, pedir, implorar, não tem surtido efeito.
Melhor morar num país atrasado, de terceiro mundo, corrupto, que cresce bem devagarinho, que morar na China, um dos que mais crescem no mundo, mas desordenadamente, pensando apenas no hoje, que no caso já é uma catástrofe.
Foto: G1  

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Telexfree? Como é que é? Esconjuro!!!


Procon denuncia Telexfree para MPE, Ministério da Fazenda e Polícia Federal

Um número cada vez maior de consumidores procura o Procon para solicitar informações sobre a empresa Telexfree e sua legitimidade. No momento a Telexfree indica um grande crescimento no estado e após observação do funcionamento da empresa, foram detectados indícios de crimes. Como resultado o órgão encaminhou denúncia ao Ministério Público Estadual, à Secretaria de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda e à Polícia Federal.
O inquérito civil instaurado pela promotoria de Defesa do Consumidor (nº 01/2013) mostra diversos pontos controversos e os possíveis crimes que colocam o consumidor em risco na hora de aceitar este tipo de negócio. Dentre as possibilidades, há uma infração na Lei Federal nº 1.521/51 art. 2º, onde diz que é crime: “Obter ou tentar obter ganhos ilícitos em detrimento do povo ou de número indeterminado de pessoas mediante especulações ou processos fraudulentos (‘bola de neve’, ‘cadeias’, ‘pichardismo’ e quaisquer outros equivalentes)”, incluindo a Pirâmide de Ponzi.
Há também a possível violação no Código de Defesa do Consumidor (CDC), com: propaganda enganosa, omissão de informações de produtos e empresa, abuso da fraqueza ou ignorância do consumidor, condições de desvantagem exagerada, dentre outros. A preocupação do Procon é esclarecer para a população o grande risco existente (quando um cidadão aceita participar desta rede), evitar que consumidores acreanos sejam lesados e fazer com que a empresa se explique diante dos órgãos competentes.
Entenda a pirâmide de Ponzi
A pirâmide tem o nome por conta do imigrante italiano, Charles Ponzi, que conseguiu fazer fortuna rapidamente nos Estados Unidos utilizando esse método. Este sistema financeiro é insustentável e funciona a base de novos investidores. Os primeiros envolvidos investem e conseguem lucrar recrutando outros participantes, porém quanto maior o alcance da pirâmide menos sustentável ela fica, pois ela depende dos investimentos posteriores. Sem novos investimentos, a grande parcela dos envolvidos fica no prejuízo.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Queria ter assistido ao vivo...(Direito de resposta de Brizola na Globo)

Era 15 de março de 1994 e o ex-governador Leonel Brizola amparado por um direito de resposta conquistado na justiça, ocupava no Jornal Nacional, no mesmo espaço que dias antes havia sido 'achincalhado e desmerecido'.

Foram longos 03:14 min em que Cid Moreira visivelmente constrangido leu a nota de Brizola. Era o feitiço virando contra o feiticeiro. 
Um dos momentos épicos da televisão brasileira. 

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013


ACREANA RIBEIRINHA CHEGA À TERRA DOS BANDEIRANTES
Profª. Luísa Lessa
Linguagem e Cultura
  
Uma pessoa que nasce em meio à Floresta Amazônica, em lugar longínquo e de difícil acesso, conhece as dificuldades da vida e sabe que as oportunidades são raras. É assim para muita gente que nasce no interior do Acre, precisamente nas cabeceiras do rio Humaitá (afluente do rio Muru, que é afluente do rio Tarauacá). Eu nasci no rio Humaitá, Seringal São Luís. Dali ao município de Tarauacá se leva oito dias de barco, subindo o rio até sua cabeceira. Aprendi a andar e a falar convivendo com indígenas, num lugar isolado do mundo, onde não havia rádio, luz elétrica, geladeira, livros, escola.Um local distante do dito “mundo civilizado”.

Por sorte e felicidade, ao completar seis anos, meus pais me levaram para o Instituto Santa Terezinha, em Cruzeiro do Sul. Ali vivi os dez anos de internato que mudaram a minha vida. Um colégio alemão, com excelente ensino. Sai aos 16 anos para ingressar no Curso de Letras e de Direito da UFAC. Foram anos maravilhosos. Ao término do Curso de Letras, logo passei a integrar o quadro de professores da Universidade Federal do Acre. Depois vieram o Mestrado, o Doutorado, o Pós-Doutorado. Foram muitas Graças que recebi de Deus, assim como força e determinação para passar dias e noites estudando, pesquisando, confrontando teorias e compreendendo suas aplicabilidades.

No ano de 1994, há exatamente 18 anos, à convite do Chiquinho Araújo, então Diretor de Redação do Jornal “A Gazeta”, comecei a escrever uma coluna semanal para o jornal. Creio ter sido uma das primeiras pessoas a escrever um texto por semana no referido periódico. Fiz isso com muita alegria, pois desejava devolver ao Acre um pouco do muito que me ofereceu. Desejava popularizar o ensino da Língua Portuguesa, área de minha formação. Pensava nos jovens pobres como eu, que não podiam comprar livros. Assim, com os meus textos, eles poderiam colecionar aspectos importantes da gramática portuguesa, fazendo recortes do jornal. Afinal muitos estudantes não podem comprar livros, que são produtos caros no Brasil.

De fato, isso funcionou muito bem. Os pais, os avós, tios, tias, passaram a recortar as DICAS DE GRAMÁTICA para passar aos sobrinhos, filhos, netos, amigos, para que se preparassem melhor para o vestibular. Mas eu não poderia fazer tão somente isso, seria cansativo para os leitores. Então trazia, também, um texto motivador e, ao final, as lições de gramática.

As temáticas preferidas sempre estiveram no campo da Língua Portuguesa, a arte de bem escrever. Todavia, às vezes, ficava repetitivo falar sempre sobre o mesmo tema. O objetivo era despertar o interesse pela leitura e também pela gramática. Como professora, sabia que o cotidiano exige conhecimentos variados. Daí passei a falar sobre outros assuntos, os mais diversos: Felicidade, Sonhos, Amizade, Respeito, Ética, Educação, Religião, Fé, Verdade, Dignidade, Humanidade, Escola, Leitura, Ser bom aluno, Ser professor, Ser pai, Ser mãe, Ser Mulher, Casamento, Filhos, Família, Costumes, Vida, O mundo etc. Muitos temas, inúmeros textos.

Escrevi para “O Página 20” uns bons anos. Depois passei a escrever também para o Jornal “Agência Amazônia de Notícias, com sede em Brasília, onde tenho muitos leitores. Depois, em abril de 2011, veio o “Gosto de Ler”, com sede nos Estados Unidos. Ali tenho 190.000 leitores. Nesse meio tempo criei o Blog “Linguagem e Cultura”, onde tenho 130.000 leitores. E em todos esses veículos há um interação escritor/leitor. A recepção sempre foi boa e isso me conduzia a ser mais exigente com o que escrevia. E muitos assuntos brotaram, milhares de leituras para fundamentar os textos, sempre no sentido de bem informar, trazer pensamentos e opiniões coerentes com as leituras e a vida pragmática.

Decorridos esses dezoito anos de trabalho intenso em produzir textos, os mais variados, no 06 de novembro de 2012 recebo uma carta – via e-mail – Pedido nº245/2012 da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, assinada por Beatriz Scavazza, Coordenadora de Gestão de Tecnologias Aplicadas à Educação de São Paulo, onde solicita os diretos autorais de meus textos para integrarem as reformulações dos materiais didáticos do Projeto “São Paulo faz escola”. Diz a carta: “ Os estudos e análises desenvolvidos por professores e agentes educacionais do Estado resultaram na proposta de revisão dos materiais denominados Caderno do Professor e Caderno de Atividades do aluno, que serão reeditados em 2013 e ganharão uma nova edição. (...) Solicitamos a licença de uso dos seus textos por um período de cindo anos , 2013-2017, para fazer parte do conteúdo dos Cadernos que serão distribuídos na rede pública do Estado de São Paulo”.

Repasso esse notícia em respeito e em agradecimento aos jornais: “A Gazeta”, “Página 20”, “Agência Amazônia de Notícias”, “Gosto de Ler”. Esses veículos acreditaram no meu trabalho, deram credibilidade aos meus textos, publicando-os. Aos meu leitores, que sempre me prestigiaram escrevendo e-mails ou dialogando comigo por onde passo.

Agradecimento especial ao Estado de São Paulo, pela honraria em utilizar meus escritos para compor Caderno do Professor e Caderno do Aluno entre 2013-2017. Esse reconhecimento é o prêmio para uma educadora anônima, nascida no interior do Acre, que faz do magistério um sacerdócio. Que Deus seja louvado! Obrigada, Senhor, por essa grandiosa benção a uma filha da Floresta Amazônica, que agora ingressa na terra dos “bandeirantes”.

Luísa Galvão Lessa – É Pós-Doutora em Lexicologia e Lexicografia pela Université de Montreal, Canadá; Doutora em Língua Portuguesa pela Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ; Membro da Academia Acreana de Letra; Membro da Academia Brasileira de Filologia; Professora Visitante Nacional Sênior – CAPES/UFAC.

sábado, 5 de janeiro de 2013

Você também odeia o Hugo Chávez? Entenda porquê:

Nos últimos dias o noticiário sobre o estado de saúde (de doença) do presidente da Venezuela, Hugo Chávez tem sido volumoso e implacável.

Lendo alguns comentários postado por internautas(no site da Globo), vejo piadinhas terríveis sobre sua possível chegada ao inferno e o alvoroço que tem causado entre possíveis moradores mais antigos como Bin Laden, Saddan Hussein, Hitler, Marx e até Fidel Castro (e o cara nem morreu ainda).

Mas por que alguém de Cruzeiro do Sul, ou de outra biboca desse imenso país desejaria a morte de alguém que nunca lhe fez ou lhe fará mal?

Só poderia mesmo ser por conta da tal "manipulação midiática", que trocando miúdo seria, "vi na tv que o cara é um ditador e..."

Engraçado isso, como se "ser ditador" por aqui fosse defeito. Sem ter motivo algum, apenas porque ouviu o Boris Casoy ou o Willian Bonner dizer que Hugo Chávez é um ditador, já odeia o cara e exige sua morte e como se isso não bastasse, combina com o "cabra-véio" que lhe arrume um lugar no inferno. 

É Engraçado... odeia, mas mas vota em ditadores, reelege, aplaude, senta à mesa e toma café (com leite itambé) com a maioria deles.

Hugo Chávez conhece mais a história da América Latina do que muitos gostariam.

Chávez conhece mais a História do Brasil do que a Rede Globo gostaria. Veja algumas frases de seu repertório:

"...E essa oligarquia (Globo) que já aplaudiu o golpe quando o Império (EUA) derrubou João Goulart...
Com a verdade nem ofendo, nem temo.
Infelizmente existem essas grandes cadeias, e seus donos são os "ricaços", que saquearam e roubaram esses povos, e abriram as portas aos 'gorilas' e ao Império'
Diga isso aos oligarcas do O Globo, inimigos da integração da América do Sul, cachorros do imperialismo norte-americano!"

Por frases assim, ditas sem medo e falando a verdade, para a Rede Globo, Chávez não poderia mesmo ser um democrata:

Veja abaixo o vídeo que justifica o ódio da Globo ao presidente venezuelano.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

A “poçe” dos eleitos de 2012 segundo o Jurubeba...

A POSSE DOS MAIS DOS MESMOS

Ontem à noite, para preencher meu tempo de inutilidade, fui a tal posse dos vereadores de Cruzeiro do Sul e do melhor prefeito de todos os tempos dos últimos 04 anos.

Poderia ter feito coisas mais uteis, como por exemplo, admirar quintais cercados por finas estacas de sapucaias de 1,5 metros. Quem não compareceu nada perdeu. Jamais será cobrado em entrevista de emprego ou "cairá" na próxima prova de concurso público.

A plateia estava formada no grosso por quem ocupou, ocupa ou ocupará cargos comissionados na prefeitura, futuros assessores de vereadores e seus ansiosos familiares, por jornalistas, uns chateados por trabalhar no feriado, outros, serelepe por demais, o motivo não me perguntem. Perdidos, uns ou outro, tolos como eu, que não deveriam sequer está ali.

Poderia aqui descrever passo a passo o evento, mas hoje estará em qualquer site ou jornal da região, o que me poupa o trabalho. Direi então o que não aparecerá.

O prefeito chegou uma hora atrasado, cumprindo a nossa tradição ridícula de povo mal educado em não cumprir o horário. Depois, preocupado em explicar para imprensa o porquê da criação de mais 05 inúteis secretarias municipais para abrigar seus aliados, não ouviu  o seu nome ser chamado pelo cerimonial. 

Após, demonstrando a fina educação, ficou berrando lá no palco do teatro:" Pela segunda vez, pela segunda vez". Só faltou pegar o microfone, soltar um arroto arretado e oferecer: "Para você, a dóia aí da primeira fila".

Patética mesmo foi a "eleição para mesa diretora da câmara municipal". Uma coisa tosca, mas que já demonstra a tônica desta legislatura. Se na anterior o executivo soberbo pintou e bordou, nesta ele irá até tricotar sentado.

Se a primeira impressão é a que fica, então estamos lascados. Depois de ouvir o discurso de cada vereador, muito deles descaradamente chamando o prefeito eleito de "meu amigo", já logo vou avisando que a decepção pela 'tal renovação' será enorme. Anotem aí.

Fracos, mais fracos que caldo da biliares, excetuado-se uns 05 dos 14. Enquanto ouvia os discursos, ficava  me perguntando, serão mesmos esses aí os representantes do povo cruzeirense ? Se sim, somos deveras um povo ignara!

Mas eu estava até resistindo bravamente, já que vez ou outra me divertia com aquelas cenas humorísticas de gente falando a todo tempo sobre a vontade de trabalhar pelo povo.

Então, me vem o presidente da câmara, recém eleito, Romário Tavares (PSDB), dizer que bastava "o melhor prefeito de todos os tempos repetir o excelente trabalho dos últimos quatro anos" (!!??).

Só neste momento fui perceber que atrás da mesa das autoridades tinha uma cortina preta com 05 estrelas brancas, representando a bandeira de Cruzeiro do Sul. Significativamente tétrico...

Depois desta, fui-me embora do local. Faltou-me estômago para ouvir o canto do principal mandrião da noite, todo emplumado, com uma garbosa faixa usada invertida.

Mais 03 horas e meia de minha vida jogada fora. Cercas de sapucaia!

Fonte: Ipsis verbis do blog: JURUBEBA JURUAENSIS