Andei sumido.
Não sumido mesmo, mas ocupado com outras coisas. Uma delas é o meu livro.
"Escacaviando" em tudo que é possível, calculando, refazendo cálculos, datas, pesquisando, confrontando.
Tinha dado por encerrado o texto sobre a "Educação e Cultura em Porto Walter", quando no dia 02, anteontem, por curiosidade, me dediquei a pesquisar na internet mais alguns dados sobre pessoas citadas no pesquisa.
Raimundo Mendes de Brito Arraes, Alda Carvalho da Cruz, Lígia Cordeiro de Carvalho, Nadir Cavalcante, DJANIRA MOREIRA ARRAES.
Era Dia de Finados, e por coincidência encontrei uma referência numa nota de falecimento de um cemitério de Campinas-SP.
Não poderia ser, Djanira Moreira Arraes foi professora do meu avô em 1928, quando este trazido pelo padrasto Mané Chico do Alto Igarapé Esperança foi estudar em Vila Humaitá (Porto Walter).
Djanira faz parte da História de Porto Walter. É uma das pessoas a assinar a ata de fundação da Vila Humaitá em 1922.
A nota de falecimento é do dia 04/11/2008. Alcançou 95 anos de idade. Viveu ainda, portanto, 16 anos após a emancipação da vila em que por mais de 15 anos dedicou-se a tarefa de ensinar letras e números aos filhos dos seringueiros.
Djanira foi a segunda pessoa (contratada pelo governo) a lecionar em Porto Walter. Filha do Professor Raimundo Mendes de Brito Arraes, primeiro professor público de Porto Walter e Prefeito de Cruzeiro do Sul de 1944 a 1945.
Em Porto Walter, nenhuma referência ao seu nome, um silêncio revoltante e ao mesmo tempo perdoável. Eles desconhecem, não por maldade, mas por ignorância mesmo...
Agora que a encontrei, mais perguntas: Teria deixado filhos? Era residente em Campinas-SP?
Longe de encerrar as buscas, até 2012 continuarei com a esperança de localizar um parente seu, um filho, uma filha, um sobrinho, um neto.
Quem sabe uma fotografia... Não apenas por mim, mas por um daqueles seus alunos de 1928, um ex-aluno de 89 anos...