Este é um blog de opinião. As postagens escritas ou selecionadas refletem exclusivamente a minha opinião, não sofrendo influência ou pressão de pessoas ou empresas onde trabalho ou venha a trabalhar.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

A razão do mais forte é sempre a melhor

Aprendi que as fábulas foram inventadas para nos ensinar lições.

Os mais famosos autores dessa modalidade literária são Esopo e La Fontaine.

Este último, por exemplo, é autor de “A Cigarra e a Formiguinha”, mas há uma que eu aprecio muito, principalmente nos últimos dias em que andei com vontade de bater a poeira do sapato e sem olhar para trás procurar outra cidade para amar e sentir orgulho (como se fosse fácil). Por vergonha e descrença na inteligência humana.

Vamos à fábula em que a MORAL (o ensinamento que deve conter) é apenas: A razão do mais forte é sempre a melhor.

Procure seu lugar na cena: Se você é o lobo, não entenderá coisa nenhuma. Caso seja o cordeiro, estará neste momento me dando razão.

O Lobo e o Cordeiro

Um cordeiro estava bebendo água num riacho.

O terreno era inclinado e por isso havia uma correnteza forte.

Quando ele levantou a cabeça, avistou um lobo, também bebendo da água.

- Como é que você tem a coragem de sujar a água que eu bebo - disse o lobo, que estava alguns dias sem comer e procurava algum animal apetitoso para matar a fome.

- Senhor - respondeu o cordeiro - não precisa ficar com raiva porque eu não estou sujando nada. Bebo aqui, uns vinte passos mais abaixo, é impossível acontecer o que o senhor está falando.

- Você agita a água - continuou o lobo ameaçador - e sei que você andou falando mal de mim no ano passado.

- Não pode - respondeu o cordeiro - no ano passado eu ainda não tinha nascido.

O lobo pensou um pouco e disse:

- se não foi você foi seu irmão, o que dá no mesmo.

- Eu não tenho irmão - disse o cordeiro - sou filho único.

- Alguém que você conhece, algum outro cordeiro, um pastor ou um dos cães que cuidam do rebanho, e é preciso que eu me vingue.

Então ali, dentro do riacho, no fundo da floresta, o lobo saltou sobre o cordeiro,a garrou-o com os dentes e o levou para comer num lugar mais sossegado.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Se for amanhã... talvez dê tempo.

Se você não tem ainda uma foto com o Marechal Thaumaturgo de Azevedo diante da Catedral de Cruzeiro do Sul, avexe o passo, pois daqui a cinquenta anos você precisará provar aos seus netos e bisnetos que ele já esteve por ali.

Ano passado quiseram derrubá-lo. Ele quase caiu. Como uma maldição, todos os seus esforçados inimigos é que caíram pela falta de votos. Mas agora...

Agora, acredito que não haverá como salvá-lo.
Não haverá um ato de heroísmo, algo como um manifestante, um historiador, agarrado à estátua para impedir a retirada.

O que eu tenho a ver com isso? Apenas um pouco de orgulho ferido.

É que aos pés daquela estátua havia uma caixa lacrada cuidadosamente por especialistas do Departamento Histórico e Cultural do Estado do Acre contendo documentos de mais de um século, da data de 28 de Setembro de 1904 quando da Fundação da Cidade de Cruzeiro do Sul.

É que durante as comemorações do Centenário em 2004, ela foi aberta (conforme previsto em 1954 no Cinquentenário para ser aberta novamente apenas em 2054) e acolheu mais alguns documentos do período entre eles a Revista do Centenário e nela um conto de minha autoria chamado "Chico Finado"(publicado em Quatro Colinas) e outro do saudoso amigo Amarino Sales, outro do João Mariano, outro do Padre Trindade...

Howard Carter (que vilipendiou a tumba do Faraó Tutankhamon em 1922) se envergonharia da façanha.

Deve ser orgulho ferido mesmo, mas falo com a autoridade de quem frequentou uma universidade e tem pendurado na parede um diploma de historiador...


E pra quê? Para ficar calado?

Tem nada não, deixa pra lá..., apesar de que pensando bem, eu também não tenho uma foto ali.

Pesquei uma no blog do Edvaldo.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Padre Trindade

Há 10 anos, no dia 21.07.1999 falecia aos 75 anos na cidade de Cruzeiro do Sul o Padre Trindade (Raymundo Agnaldo Pereira Trindade).

Padre Trindade, além de religioso, era conhecido de todos pelo zelo à retórica e à oratória. Igual zelo dispensava à moral e aos bons costumes.

Polido no trato com os amigos e indigesto aos desajustados, Padre Trindade era bom de briga.

Às vezes incompreendido pela forma com que afrontava certos modismos, era também possuidor de um coração de pai ao resgatar da sargeta muitas pessoas conhecidas e respeitadas na nossa sociedade. Trindade, o bom Amazonense radicado por aqui, acreditava no ser humano , sempre.

Foi pároco da catedral por 19 anos e reitor do Seminário Maior São João Maria Vianney por mais 3 anos.

Foi também por muitos anos Inspetor de Ensino (coordenador de Educação, hoje) da Sec. de Estado da Educação no Alto Juruá.

Tinha uma forma especial de tratar as pessoas, principalmente aqueles de estreita convivência: "Meu jovem" para homens e "minha flor" para mulheres.

A lembrança do Padre Jorge, atual pároco da catedral, é uma homenagem ao grande homem (apesar da pequena estatura) da história de Cruzeiro do Sul.


segunda-feira, 20 de julho de 2009

Há 40 anos...

Hoje, de acordo com o meio cientifico, faz 40 anos que o homem pisou na Lua.

Há quem duvide, há quem concorde e há quem considere irrelevante.

Sou um desses muitos adeptos da irrelevância de muitas coisas.

Considero que a visita do homem à Lua pouco ou quase nada representou para a Humanidade.

O que mudou por aqui? Aperfeiçoamos a partilha, o perdão, a humildade?

Porra nenhuma! Digo e repito pra quem quiser: A riqueza de poucos é a miséria de milhões.

Digo e repito... para algumas Hilux novinhas que encontramos por aí, centenas, milhares de lascados no submundo de muitos vícios...

Há uma “mão invisível” em cada fortuna...

Enquanto terráqueos lunáticos voltam seus olhos para o cosmos, o povo se arrebenta nos caixas dos supermercados.

Drummond tinha razão.

Tivéssemos chegado à extinção da fome...
Tivéssemos chegado à cura de alguma doença...
Tivéssemos parado...
Teria valido a pena.

O Homem; As Viagens (Carlos Drummond de Andrade)

O homem, bicho da terra tão pequeno
Chateia-se na terra
Lugar de muita miséria e pouca diversão,
Faz um foguete, uma cápsula, um módulo
Toca para a lua
Desce cauteloso na lua
Pisa na lua
Planta bandeirola na lua
Experimenta a lua
Coloniza a lua
Civiliza a lua
Humaniza a lua.

Lua humanizada: tão igual à terra.
O homem chateia-se na lua.
Vamos para marte — ordena a suas máquinas.
Elas obedecem, o homem desce em marte
Pisa em marte
Experimenta
Coloniza
Civiliza
Humaniza marte com engenho e arte.

Marte humanizado, que lugar quadrado.
Vamos a outra parte?
Claro — diz o engenho
Sofisticado e dócil.
Vamos a vênus.
O homem põe o pé em vênus,
Vê o visto — é isto?
Idem
Idem
Idem.

O homem funde a cuca se não for a júpiter
Proclamar justiça junto com injustiça
Repetir a fossa
Repetir o inquieto
Repetitório.

Outros planetas restam para outras colônias.
O espaço todo vira terra-a-terra.
O homem chega ao sol ou dá uma volta
Só para tever?
Não-vê que ele inventa
Roupa insiderável de viver no sol.
Põe o pé e:
Mas que chato é o sol, falso touro
Espanhol domado.

Restam outros sistemas fora
Do solar a col-
Onizar.
Ao acabarem todos
Só resta ao homem
(estará equipado?)
A dificílima dangerosíssima viagem
De si a si mesmo:
Pôr o pé no chão
Do seu coração
Experimentar
Colonizar
Civilizar
Humanizar
O homem
Descobrindo em suas próprias inexploradas entranhas
A perene, insuspeitada alegria
De con-viver.

domingo, 19 de julho de 2009

Poesia para o Domingo

Adiamento


Depois de amanhã, sim, só depois de amanhã...

Levarei amanhã a pensar em depois de amanhã,

E assim será possível; mas hoje não...

Não, hoje nada; hoje não posso.

A persistência confusa da minha subjetividade objetiva,

O sono da minha vida real, intercalado,

O cansaço antecipado e infinito,

Um cansaço de mundos para apanhar um elétrico...

Esta espécie de alma...

Só depois de amanhã...

Hoje quero preparar-me,

Quero preparar-rne para pensar amanhã no dia seguinte...

Ele é que é decisivo.

Tenho já o plano traçado; mas não, hoje não traço planos...

Amanhã é o dia dos planos.

Amanhã sentar-me-ei à secretária para conquistar o rnundo;

Mas só conquistarei o mundo depois de amanhã...

Tenho vontade de chorar,

Tenho vontade de chorar muito de repente, de dentro...


Não, não queiram saber mais nada, é segredo, não digo.

Só depois de amanhã...

Quando era criança o circo de domingo divertia-rne toda a semana.

Hoje só me diverte o circo de domingo de toda a semana da minha infância...

Depois de amanhã serei outro,

A minha vida triunfar-se-á,

Todas as minhas qualidades reais de inteligente, lido e prático

Serão convocadas por um edital...

Mas por um edital de amanhã...

Hoje quero dormir, redigirei amanhã...

Por hoje, qual é o espetáculo que me repetiria a infância?

Mesmo para eu comprar os bilhetes amanhã,

Que depois de amanhã é que está bem o espetáculo...

Antes, não...

Depois de amanhã terei a pose pública que amanhã estudarei.

Depois de amanhã serei finalmente o que hoje não posso nunca ser.

Só depois de amanhã...

Tenho sono como o frio de um cão vadio.

Tenho muito sono.

Amanhã te direi as palavras, ou depois de amanhã...

Sim, talvez só depois de amanhã...


O porvir...

Sim, o porvir...


(Poema de Fernando Pessoa)


sábado, 18 de julho de 2009

Voltei, por uma questão de fidelidade.

Ainda não fui embora pra Pasárgada, ainda que pareça.

Ainda estou por aqui, meio descuidado com a atualização do blog e de novos posts.

Não por falta de tempo, não por falta de vontade, mas é que desta vez o problema foi sério.

Primeiro foi um tal MALVARE, terrível e assustador.

Depois, há uma semana, o RECYCLER, o pior de todos, capaz de danificar qualquer sistema operacional e feito uma traça, destruir qualquer arquivo.

Eis um dos motivos para o meu silêncio - um vírus de computador que me deixou sem a praticidade de um notebook.

É assim mesmo, já já me acostumo a nova situação e voltaremos a compartilhar sentimentos e impressões.

Por uma simples questão de fidelidade.

Quem sabe amanhã? Amanhã, quem sabe...

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Olha que beleza de texto recebi por e-mail. Ele foi publicado no Jornal de Itupeva em 15.11.2008.

Ah, que saudades!

Ando com saudades de café com pão;
De namorados dando beijinhos no portão.
De pedir bênção a pai e mãe; (Deus te abençoe)
De ver um varal cheio de roupas, com cheiro apenas de sabão; De ver alguém sorrindo enquanto, lava a louça com bucha vegetal. De sentir respeito pela polícia.

De cantar o Hino Nacional, com a mão no peito e lágrimas nos olhos. De acreditar que o Brasil ganhou a copa do mundo porque jogou direitinho. De saber que o Zezinho, filho do porteiro não vai morrer de dengue. E que Maria feirante poderá ter um filho médico.

Saudades de homens que usavam apenas o assobio como galanteio (Fiu-Fiu).
Morro de saudades do tempo em que um presidente de uma nação era o mais respeitado cidadão do país.
Que cadeia era lugar só de ladrão.
Acho que andaram invertendo a situação.
Ando com saudades de galinha de galinheiro.
De macarrão feito em casa, com tempero sem agrotóxico.
De poder tomar guaraná em dia de festa.

De novela com final feliz!
De comer manga verde com sal.
De pipoca doce de pipoqueiro;
De dar bom dia a vizinha;
De ouvir alguém dizer obrigado ao motorista e ele frear devagarzinho, preocupado com passageiro.
Saudades de gritar que a porta está aberta para os que chegam
Saudades do tempo em que educação não era confundida com autenticidade.

Hoje, se fala o que quer em nome de uma “tal” verdade e pedir perdão virou raridade. Ando com saudades de ver no céu pipas não atingidas pelo efeito estufa e sem cerol!

Saudades das chuvas sem acidez, que não causavam aridez.
Saudades de poder viajar sem medo de homem-bomba.
De ser recebido com pompa em outra nação.
Atualmente reina a desconfiança no coração.
Sinto muitas saudades. Do rubor das faces de minha mãe quando se falava de sexo.
Totalmente sem nexo!

Hoje, ele é tão banal que acho que até todos se banalizaram.
Acho que a maior saudade que tenho é a saudade de tudo que acreditei. Para meus filhos não poderei deixar sequer a esperança.
Hoje, já não se nasce criança.
Poxa, que saudades!

Por Edwaldo Antonio Milanesi

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Nem o Papa...

Notícia publicada hoje no UOL Entrenimento às 19h14:

Um total de 30,9 milhões de pessoas assistiu a homenagem a Michael nos EUA

A homenagem feita a Michael Jackson na terça-feira no Staples Center, em Los Angeles, foi assistida ao vivo por 30,9 milhões de americanos, pela televisão, segundo dados divulgados hoje pela empresa "Nielsen Media Research", que mede níveis de audiência.

O índice de espectadores só foi superado nos EUA pelo enterro do ex-presidente Ronald Reagan, em 2004, e pelo funeral da princesa Diana, em 1997.

Esses dois eventos foram assistidos por 35 e 33 milhões de pessoas, respectivamente, enquanto os funerais do papa João Paulo II e o do ex-presidente americano Gerald Ford foram acompanhados por 8,8 e 15 milhões de espectadores.

A homenagem a Michael foi amplamente acompanhada pela Internet, o que fez com que o acesso à rede fosse 19% maior que a média do horário.

Os portais da "CBSNews", "ABCNews", "FoxNews" e "Hulu" (propriedade da "NBC" e "News Corporation") transmitiram a cerimônia ao vivo, além do site da "CNN", que registrou 9,7 milhões de conexões. O "MSN.com", que bateu seu recorde histórico, superou em 50% a audiência da posse de Barack Obama.
Quanto ao falecido, ninguém sabe ao certo onde foi sepultado.
Os parentes dele estão certíssimos. Com a crise econômica que assola o país do Tio Sam não vai faltar garimpeiro procurando ouro no cemitério.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Por hoje apenas uma foto e um poema, mas poderia ser apenas uma receita de bolo.

Bom, já que um "anônimo" comentou no blog que "esse é o cara que fala (não deveria ser - escreve? eu nem sou radialista) mais besteira em cruzeiro do sul", resolvi radicalizar.
Por hoje, por ser a coisa mais fácil de fazer na cozinha, taí um ovo frito, autêntico bife-do-olhão.
Procure ver a vida com outros olhos e não se angustie com a sua falta de talento, de dinheiro, de beleza, de amor próprio, de amizades sinceras, de coragem.
A vida está cheia de verbos, escolha um desses:
MUDE
Mas comece devagar,
comece na sua velocidade.
Sente-se diferente, em outra cadeira,
no outro lado da mesa.
Mais tarde, mude de mesa.
Quando sair, ande pelo outro lado da rua,
depois mude de caminho,
ande por outras ruas, mais devagar,
observando os lugares por onde passa.
Tome outros ônibus, se for o caso.
Mude por uns tempos o estilo das roupas,
dê os seus sapatos velhos,
procure andar descalço por uns dias.
Tire uma tarde livre
para passear no parque ou na praia.
Saia sozinho para ouvir o canto dos pássaros.

Veja o mundo de outras perspectivas.
Abra gavetas e portas com a mão esquerda.
Durma no outro lado da cama.
Depois, de ponta-cabeça.
Assista a outros programas de tv,
compre outros jornais,
leia outros livros,
viva outros romances.
Troque de carro.
Não faça do hábito um estilo de vida.
- Ame a novidade.
Corrija a postura, faça ginástica, durma mais tarde, ou acorde mais cedo.
Aprenda uma palavra nova por dia
numa outra língua.
Escolha novas comidas, temperos, cores,
diferentes delícias.
Experimente a gostosura da pouca quantidade.

- Tente o novo todo dia.
O novo lado,
o novo método,
o novo jeito,
o novo sabor,
o novo prazer,
o novo amor.
- A nova vida.
Faça novos amigos, mantenha novas relações,
almoce em outros lugares,
vá a outros restaurantes,
tome outros tipos de bebida,
compre pão em outra padaria.
Almoce mais cedo, jante mais tarde - ou vice-versa.
Escolha outro mercado,
outra marca de sabão, novos cremes.
Tome banho em horários variáveis.
Use canetas de outras cores.
Vá passear em outros lugares.
(Comece agora uma viagem para bem longe do aqui.)
Faça amor de modos diferentes.
Troque de bolsa, de carteira, de malas.
compre novos óculos,
escreva outras poesias, jogue fora o despertador.
Abra conta em outro banco.
Vá a outros cinemas, novos cabeleireiros,
outros teatros.
Visite novos museus.

- Mude.
Você conhecerá coisas melhores
e coisas piores do que as já conhecidas,
mas não é isso o que importa.
O mais importante é a mudança,
o movimento, o dinamismo,
a energia.
Dessa forma, apenas dessa forma - você viverá.
- Só o que está morto não muda!
(Edson Marques. No livro Solidão a Mil)
Ou não escolha nenhum...
FRASE DO DIA

Se você é feio, pobre, burro, e mesmo assim tem um monte de mulher dando em cima de você, só tem uma explicação:
Você mora embaixo de um puteiro.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Globalização e a gripe do “caititu”

Não adianta. Se o vírus da nova gripe (H1N1) ainda não chegou por aqui, ainda chegará. É o preço que se deve pagar pela globalização.
Essa tal globalização é uma danada mesmo. Ela se manifesta de várias formas e conseqüências. Veja um exemplo (há outros, mas escolhi esse):

Nasci numa vilazinha do Alto Juruá e lá vivi até 17 anos quando mudei para uma vilazinha um pouco maior.
Após dez anos retornei a passeio e tomei um susto. Crianças de 12, 13 anos tatuados, com piercing (nome global para argola de porco que os jovens encastroam no beiço, na língua, na sobrancelha e em outros lugares mais recônditos), e o que é pior, viciados em “nóia”, falando gírias pra lá de esquisitas.
É a globalização, meu amigo.

Nem quero entrar num debate sobre vantagens ou desvantagens, até porque essa idéia de uma grande “aldeia global”, que aniquila a cultura local em detrimento de uma cultura dita “superior”, me enoja.
Não sei por que, associo globalização a neoliberalismo. Acho que é por ter aprendido que o que é bom para os ricos é péssimo para os pobres.
A idéia de uma aldeia global é muito boa para os capitalistas.

Agora a gripe suína (ou Gripe A, ou H1N1) e a pandemia. Ela será trazida pela globalização. Aliás, ela já chegou por aqui, pelo menos no medo e na vontade de alguns. Alguém duvida que vai ter gente politizando a questão?

Fico pensando que quando chegar deve aparecer algum marqueteiro procurando regionalizar o nome da doença. Por aqui, deverá ser “gripe do caititú” ou do “queixada”.
Chego a pensar, também, que vai aparecer gente falando que a culpa é do PT.

Que a nova gripe vai chegar por aqui também, acho que ninguém duvida, mas por enquanto, estamos protegidos. É a nossa miséria que nos protege, por enquanto.

E é isso que me tranqüiliza. É o fato dela ter nascido nos países ricos e não haver um método de prevenção eficaz, de não escolher o paciente pela conta bancária, que a nova gripe rapidamente será debelada.
Eu também tenho medo, não adianta negar, mas não posso deixar de questionar os “terroristas” de plantão.


Você sabia que a malária mata quase 2 milhões de pessoas anualmente em todo o mundo? Porque então os países ricos não se importam? É que o mosquito transmissor prefere as regiões tropicais, justamente onde estão os pobres.

A Malária afeta a população mais pobre do planeta, 90% dos quais só na África, a maioria com menos de cinco anos de idade.

Dois milhões... nem dá para comparar com os pouco mais de 300 óbitos da nova gripe.

Hanseníase, tuberculose, pneumonia, dengue, desnutrição, disenteria e outras moléstias também matam milhões a cada ano.
Milhões de pessoas... nem dá para comparar.

A violência urbana assassina a vida e a esperança de milhões de pessoas, mas os ricos podem comprar veículos blindados, apartamentos em condomínios de luxo e escapar (por enquanto) dela.

Nem dá para comparar...

Acidentes de trânsito matam 1,27 milhão de pessoas no mundo anualmente, 35.000 dos quais só no Brasil.

Nem dá para comparar...

Laboratórios radicados nos países ricos ganham milhões de dólares com a venda de remédios para “combater” doenças nos países pobres.

É uma lógica brutal: Laboratórios não financiam pesquisa para produzir vacinas. Se não existir doença quem vai tomar remédio?

Se não existir guerra quem vai comprar armas? Será que a indústria bélica financia o Greenpeace?

Por enquanto, a nova doença dá prejuízo aos capitalistas e é por isso que acredito que rapidamente será debelada. A menos que algum laboratório resolva patentear a doença e ela começe a dar lucro. E aí...

Acredito que por aqui, a gripe do porco vai continuar ainda um bom tempo como tem sido até agora: Um grande fuxico, mas com a possibilidade de ser real.

Hoje (06/07)

1729 - Nascimento de Cláudio Manuel da Costa (poeta mineiro)
1871 - Morte de Castro Alves
1901 - Papa Leão XII aprova a Hermanas Franciscanas de la Purísima Concepción
1902 - Morte de Santa Maria Goretti (beatificada em 1947 e canonizada em 1950)
1971 - Morte de Louis Armstrong
2004 - A Aids atinge 38 milhões de pessoas em todo o mundo
Fonte: www.ponteiro.com.br

domingo, 5 de julho de 2009

Rir ainda (às vezes) é o melhor remédio...

Algumas talvez nem o Velho Zuza conheça. Com a colaboraçao do amigo Igor Adams.

BÊBADO E A DAMA DE PRETO
Começou a música e um bêbado levantou-se cambaleando e dirigiu-se a uma senhora de preto e pediu:
- Hic... Madame, me dá o prazer dessa dança?
E ouviu a seguinte resposta:
- Não, por quatro motivos:
Primeiro, o senhor está bêbado!
Segundo, isto é um velório!
Terceiro, não se dança o Pai Nosso!
E quarto porque 'Madame' é a puta que o pariu! Eu sou o padre!

LOIRA
Uma loira chegou com seu carro novinho numa loja de acessórios e disse pro vendedor:
Quero instalar um pára-raios no meu carro.
E o vendedor explicou:
Olha, eu nunca ouvi falar nesse equipamento pra veículo. Por que é que você quer instalar um pára-raios no seu carro?
E a loura:
Heloooooooooouuuuuu uu! Nunca ouviu falar de seqüestro relâmpago não, ô desinformado?

A DESCOBERTA
Joãozinho completa 9 anos e seu pai lhe pergunta:
- Meu filho, você sabe como nascem os bebês?
O menino assustado, responde:
- Não quero saber! Por favor, prometa que não vai me contar, pai!
O pai, confuso, não se conforma, e pergunta:
- Mas por que você não quer saber, Joãozinho ?
- E o menino, soluçando, responde:
- Aos 6 anos me contaram que não existe coelho da Páscoa; aos 7 descobri que não existem fadas-madrinhas, nem sereias, nem o Saci Pererê, aos 8 entendi que o Papai Noel é você!
Se agora eu descobrir que os adultos não trepam, não vejo mais razão para continuar vivendo!!!

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Ainda sobre malandragem...

Pediram mais sobre malandragem. Bezerra da Silva, talvez o maior especialista no assunto, imortalizou essa letra.


Malandro É Malandro, Mané É Mané (Composição: Diogo Nogueira)

E malandro é malandro
Mané é mané
Podes crer que é
Malandro é malandro
E mané é mané
Diz aí!
Podes crer que é...

Malandro é o cara
Que sabe das coisas
Malandro é aquele
Que sabe o que quer
Malandro é o cara
Que tá com dinheiro
E não se compara
Com um Zé Mané
Malandro de fato
É um cara maneiro
Que não se amarra
Em uma só mulher...

Já o Mané ele tem sua meta
Não pode ver nada
Que ele cagueta
Mané é um homem
Que moral não tem
Vai pro samba, paquera
E não ganha ninguém
Está sempre duro
É um cara azarado
E também puxa o saco
Prá sobreviver
Mané é um homem
Desconsiderado
E da vida ele tem
Muito que aprender...


E malandro é malandro
Mané é mané
Diz aí!
Podes crer que é
Ih!
Mas malandro é malandro
E mané é mané
Diz prá mim!Podes crer que é...

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Malandro é...

“Malandro é malandro, mané é mané. Pode crer que é!” Já lascava o velho Bezerra da Silva.

Pode crer que é... Sarney é um cara azarado. Nem Michael Joseph Jackson nem a queda de mais um Airbus tem sido o suficiente para fazer aplacar a “conspiração midiática” (foi ele quem ressuscitou essa palavra).

E uma coisa puxa outra. Eu, heim?

Falando em malandragem...

Malandro é o Sapo, que anda pulando pra não levar rasteira.

Malandro é o dono de sauna que ganha dinheiro com o suor dos outros.

Malandro é o pato que tem os dedos colados que é pra não usar aliança e sempre anda com duas Patas.

Malandro também é o cavalo-marinho que se faz de peixe que é pra não puxar carroça.

Aliás, falando em puxar carroça, dizem que é melhor puxar saco. Isso eu não sei.

Agora, malandro mesmo é o camelo, que nasceu com as duas bolas nas costas pra não tomar chute no saco.

Fui!!! Mas amanhã eu volto.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Piadinha para Corinthianos

Aconteceu em Sao Paulo:

Num açougue do centro, chega de repente uma exuberante Ferrari vermelha e dela sai um torcedor do São Paulo e chega para o açougueiro e pergunta:

- O Sr. tem picanha ?

- Tenho sim - respondeu o açougueiro.

- Corte para mim vinte peças - diz o torcedor são paulino, pagando com notas de 100 dólares, saindo em seguida.

Passados 10 minutos, chega uma BMW e dela sai um SANTISTA, chega para o açougueiro e pergunta:

- O Sr. tem alcatra ?

- Tenho sim - respondeu o açougueiro sorridente pela última venda .

- Corte 70 quilos - pede o torcedor do peixe que recebe e paga com
cartão Platinum indo embora logo em seguida.

Nesta hora, muito feliz pelas vendas , o açougueiro recebe um torcedor do PALMEIRAS em uma Mercedes que diz :

- O Sr. tem filé mignon ?

- Tenho sim - respondeu o contente açougueiro.

- O Sr. corte 50 quilos, por favor - diz o palmeirense, que paga a
mercadoria com notas de 100 reais, saindo logo após.

De repente, chega um Corcel II, bem velho e todo enferrujado, placa de CAPÃO REDONDO, com um adesivo 'A INVEJA É UMA MERDA' numa lateral, outro no para-brisa 'VEÍCULO RASTREADO POR VIZINHOS FOFOQUEIROS', por último pegando o vidro traseiro inteiro 'É DEUS NO CÉU E NÓIS NO CORCEL', de onde sai um brutamontes com camiseta e gorrinho do CORINTHIANS, e diz para o açougueiro :

- E ai mano, cê tem asa ?

- Tenho sim - respondeu o açougueiro.

- Então voa: é um assarto!!!